A trombose venosa profunda (TVP) ocorre quando um coágulo se forma em uma veia profunda impedindo a circulação normal do sangue. O bloqueio pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas pernas. É preciso atenção aos sinais.
A trombose venosa é potencialmente grave quando não tratada adequadamente.
Por Mônica Arena, angiologista e cirurgiã vascular.
Entre os sintomas da trombose venosa profunda (TVP) naspernas,os mais característicos são a dor e o inchaço, além do enrijecimento muscular.
Também pode surgir vermelhidão, veias dilatadas e sensação de calor na área afetada.
O que mais preocupa, muito além do desconforto causado pela trombose, são as complicações que ela pode trazer.
A pior delas é a embolia pulmonar que ocorre quando um coágulo se desprende e chega, pela corrente sanguínea, até os pulmões.
O coágulo se forma por diversas causas.
Pode ser uma alteração na circulação, um fluxo mais lento do sangue que na linguagem médica chamamos de estenose.
É comum quando há compressão da veia e em períodos de imobilidade, como quando a pessoa está acamada.
A formação de coágulos também pode ser uma predisposição associada a doenças do sangue, como as trombofilias.
E ainda os traumas e lesões químicas nos tecidos das veias podem criar condições para o desenvolvimento de coágulos.
Para fazer o diagnóstico da trombose venosa o médico começa pelo exame clínico e a análise do histórico do paciente.
Mas para confirmar o quadro, pode ser necessário realizar exame de sangue, ultrassom doppler venoso, angiotomografia e angioressonância.
O tratamento da trombose venosa é realizado com medicamentos anticoagulantes, injetáveis ou em comprimidos, para impedir a formação de outros coágulos.
O que se espera é que com a medicação, repouso e compressão na perna acometida, os coágulos presentes sejam absorvidos pelo organismo com o passar do tempo.
Durante o tratamento, o paciente deve ficar sob cuidadosa observação médica, em alguns casos no hospital, ao menos nos primeiros dias.
Se a trombose for extensa, existe a possibilidade de usar medicamentos que dissolvem os coágulos, os chamados fibrinolíticos.
Quando tratamos de um paciente que por alguma condição médica não pode usar anticoagulantes temos o recurso de fazer o implante de filtro de veia cava para impedir que o trombo alcance os pulmões.
Bem como os sintomas, é importante conhecer os fatores de risco associados à TVP. Veja alguns deles.
Se você faz parte do grupo de risco, não deixe de passar por check-up vascular anual.
Se tem algum sintoma, procure imediatamente um especialista em angiologia e cirurgia vascular para confirmar o diagnóstico e, se for o caso, começar o tratamento o quanto antes.
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Sou Mônica Arena, formada em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde me graduei em 1998. Fiz especialização em Cirurgia Geral na Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo, onde estive de 1999 a 2000, e também em Cirurgia Vascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no período de 2001 a 2002.
Além disso, possuo Fellowship em Cirurgia Endovascular Angiorradiologia, pela American Heart Hospital, em Phoenix, Arizona, EUA.
Também tenho diversos títulos, entre eles, Título de Cirurgia Geral AMB, Título Area de Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular AMB/ SBACV, além de Título Área de Atuação em Ultrassonografia Vascular AMB/ SBACV.
Por aqui, você encontra conteúdos relacionados à saúde e bem-estar, com respostas às principais dúvidas sobre saúde vascular.
*A Dra. Mônica Arena atende pelas principais operadoras de saúde, entre elas Saúde Caixa, Cassi, Unimed, Hospitalar, Bradesco Saúde, Postal Saúde, Sanepar, Amil, Copel, Sul América, Fundação Saúde Itaú, Paraná Clínicas, Unipax e Viva Bem.
