As varizes pélvicas são um problema vascular que acomete mais as mulheres.
As veias dilatadas aparecem em torno do útero, ovários e trompas.
Muitas vezes não há sintomas, mas as queixas mais frequentes são dores na parte inferior do abdômen, dor na relação sexual, aumento e escape de urina e uma sensação de peso no baixo ventre.
Nos homens as varizes pélvicas são chamadas de varicocele e surgem nos testículos.
Não há cura para varizes pélvicas, mas é possível controlar a progressão da doença e aliviar os sintomas.
Por Mônica Arena, angiologista e cirurgiã vascular.
Quando as varizes pélvicas se desenvolvem em grande quantidade, geram dor abdominal e na relação sexual, entre outros desconfortos.
Nos homens elas são menos frequentes, mas podem ocorrer na bolsa escrotal, sendo uma das causas de infertilidade masculina.
Vou me concentrar nas varizes pélvicas que acometem as mulheres, porque elas representam a maioria dos casos.
As varizes pélvicas são mais comuns em mulheres devido à pressão adicional sobre os vasos sanguíneos na área pélvica.
O sistema reprodutivo feminino é mais complexo e envolve mais estruturas que
podem se mover durante o processo de gravidez e parto, comprimindo os vasos sanguíneos da região pélvica.
Quando isso acontece, o fluxo sanguíneo diminui e a pressão aumenta, o que pode levar à formação de varizes.
Fatores hormonais também desempenham um papel na formação de varizes.
Por exemplo, o estrogênio, um hormônio feminino, pode relaxar as veias, tornando-as mais propensas ao desenvolvimento de varizes.
O mais comum é que as varizes pélvicas ocorram em mulheres com mais de 30 anos, depois da segunda gestação, especialmente na veia gonadal que está ligada ao aparelho reprodutivo.
A principal causa da doença é a predisposição genética, mas existem vários fatores associados.
Fatores de risco
Fatores Anatômicos
Os sintomas mais comuns das varizes pélvicas incluem dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, aumento da frequência urinária, escape de urina, sensação de peso no baixo ventre e até dor e varizes secundárias nas pernas.
Algumas mulheres também podem sentir dor mais intensa durante a menstruação.
Se esses sintomas persistirem por mais de um mês, é importante consultar um médico.
Diagnóstico
O diagnóstico de varizes pélvicas é feito através de um exame físico completo e exames adicionais, como ultrassonografia transvaginal, angio-ressonância e angio-tomografia.
As varizes pélvicas podem ser tratadas com remédios para tentar reduzir a dilatação das veias e aliviar as dores.
Mas muitas vezes os medicamentos não bastam e uma alternativa é a embolização.
Neste procedimento, realizado com anestesia local, o médico insere um cateter pelo trajeto venoso e injeta uma substância capaz de destruir a variz.
Em último caso há a opção de se fazer uma cirurgia para bloquear a passagem do sangue pela veia doente. É uma operação mais delicada, realizada com anestesia geral.
Nunca é demais lembrar que um estilo de vida saudável também é importante para o sucesso dos tratamentos.
Sim, vou repetir o que você já ouviu muitas vezes.
É necessário controlar o peso, comer priorizando a qualidade nutricional dos alimentos e praticar exercícios.
Além disso, usar meias de compressão, manter as pernas elevadas durante o repouso, não ficar muito tempo sentada, nem em pé também são mandamentos que todos os portadores de varizes devem seguir.
Geralmente as varizes pélvicas não trazem consequências graves, mas há uma pequena possibilidade de formação de coágulos nas veias doentes.
A presença de coágulo sempre remete ao risco de embolia pulmonar que é potencialmente fatal.
Tanto para se ver livre das dores e outros incômodos, quanto para evitar complicações mais sérias, procure um médico para diagnóstico e tratamento.
Até!
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Sou Mônica Arena, formada em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde me graduei em 1998. Fiz especialização em Cirurgia Geral na Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo, onde estive de 1999 a 2000, e também em Cirurgia Vascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no período de 2001 a 2002. Além disso, possuo Fellowship em Cirurgia Endovascular Angiorradiologia, pela American Heart Hospital, em Phoenix, Arizona, EUA.
Também tenho diversos títulos, entre eles, Título de Cirurgia Geral AMB, Título Area de Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular AMB/ SBACV, além de Título Área de Atuação em Ultrassonografia Vascular AMB/ SBACV.
Por aqui, você encontra conteúdos relacionados à saúde e bem-estar, com respostas às principais dúvidas sobre saúde vascular.
*A Dra. Mônica Arena atende pelas principais operadoras de saúde, entre elas Saúde Caixa, Cassi, Unimed, Hospitalar, Bradesco Saúde, Postal Saúde, Sanepar, Amil, Copel, Sul América, Fundação Saúde Itaú, Paraná Clínicas, Unipax e Viva Bem.