Além da cirurgia tradicional, há procedimentos menos invasivos para tratar as varizes. Entre eles a escleroterapia que destrói os vasos com aplicação de medicamento (em estado líquido ou na forma de espuma); e cirurgias a laser ou radiofrequência que eliminam as veias doentes por meio da emissão de calor. O primeiro passo para descobrir qual o melhor tratamento para o seu caso é procurar um médico angiologista e cirurgião vascular.
Por Mônica Arena, angiologista e cirurgiã vascular.
O tratamento das varizes é definido a partir da avaliação da localização e do tamanho das lesões que comprometem as veias.
A idade e estado de saúde geral do paciente também impactam na decisão.
Eliminar as varizes pode ser um processo complexo e, às vezes, demorado porque o problema, uma vez que se manifesta, tende a ser crônico.
As varizes são causadas por uma disfunção das válvulas que regulam o fluxo sanguíneo dentro das veias, o que faz com que o sangue se acumule e pressione as paredes dos vasos.
Isso dilata e deforma as veias impedindo o funcionamento perfeito das válvulas.
Na maioria dos casos há várias abordagens possíveis.
A depender do diagnóstico, o uso de técnicas combinadas é o que gera os melhores resultados.
Veja um breve descrição de alguns dos tratamentos mais usados para combater as varizes.
A escleroterapia é recomendada para varizes mais finas (até 2 mm de diâmetro) e consiste em aplicações de substâncias esclerosantes nos vasos.
Elas causam um colapso da veia e impedem a passagem do sangue.
Como resultado, as varizes desaparecem.
Há duas formas de escleroterapia.
As varizes são destruídas por aplicação de injeções contendo uma substância natural, a glicose.
Os vasos desidratam, se contraem e acabam sendo absorvidos pelo organismo.
O procedimento é invasivo, mas de baixíssimo risco.
As injeções provocam algum desconforto, mas algo totalmente tolerável.
Nesta técnica a substância usada para secar os vasos doentes é o polidocanol em consistência de espuma.
Ele é muito mais potente comparado à glicose.
A recomendação é adotar o procedimento para remover varizes mais grossas com até 4mm de diâmetro.
Porém, grávidas e pessoas com histórico de trombose ou embolia pulmonar não podem ser submetidas a escleroterapia com espuma.
O laser transdérmico emite feixes de luz que são disparados sobre os vasos adoecidos.
O calor provoca uma cauterização nas veias e impede a passagem do sangue.
O resultado geralmente é ótimo para tratar veias profundas como safenas e perfurantes, mas também pode ser usada para tratar veias mais superficiais como as tributárias (ramos) estruturalmente anormais.
O tratamento a laser pode ter o resultado potencializado quando associado com escleroterapia.
Apesar de não ser um procedimento invasivo, deve ser evitado por pessoas com doenças de pele e gestantes.
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para varizes.
A microcirurgia é indicada para veias de pequeno e médio porte.
O procedimento é realizado com anestesia local e incisões milimétricas que nem deixam marcas, já que são tão pequenas que não é preciso dar pontos para fechá-las.
A termoablação destrói a variz por meio de calor emitido por laser ou radiofrequência.
Ambas as formas podem substituir a cirurgia tradicional.
O médico é guiado por um aparelho de ultrassom e faz os disparos em pontos estratégicos para eliminar a veia doente.
A safenectomia é uma técnica consagrada para a remoção da veia safena que não funciona mais, está muito dilatada e tortuosa.
A safena vai da virilha até os pés e esse tipo de cirurgia é o mais agressivo.
Porém, o resultado é ótimo e, em alguns casos, o único possível.
Mudança no estilo de vida
Embora existam várias opções de terapias, mudar de hábitos para ter uma vida mais saudável é fundamental.
Controlar o peso, praticar exercícios e manter uma dieta nutritiva fazem parte do tratamento de controle das varizes.
Fique atento para as possíveis complicações das varizes
É fato que as varizes são inicialmente um desconforto estético, mas quando não tratadas o quadro piora muito.
As veias varicosas passam a provocar dor, coceira, queimação e até feridas.
Outra preocupação é o aumento do risco de trombose venosa, doença grave caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos.
Procure um angiologista para tratar as varizes quanto antes e fazer o acompanhamento com medidas adequadas.
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Sou Mônica Arena, formada em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde me graduei em 1998.
Fiz especialização em Cirurgia Geral na Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo, onde estive de 1999 a 2000, e também em Cirurgia Vascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no período de 2001 a 2002.
Além disso, possuo Fellowship em Cirurgia Endovascular Angiorradiologia, pela American Heart Hospital, em Phoenix, Arizona, EUA.
Também tenho diversos títulos, entre eles, Título de Cirurgia Geral AMB, Título Area de Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular AMB/ SBACV, além de Título Área de Atuação em Ultrassonografia Vascular AMB/ SBACV.
Por aqui, você encontra conteúdos relacionados à saúde e bem-estar, com respostas às principais dúvidas sobre saúde vascular.
*A Dra. Mônica Arena atende pelas principais operadoras de saúde, entre elas Saúde Caixa, Cassi, Unimed, Hospitalar, Bradesco Saúde, Postal Saúde, Sanepar, Amil, Copel, Sul América, Fundação Saúde Itaú, Paraná Clínicas, Unipax e Viva Bem.